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Uma breve resumo da minha trajetória

Fabio Pires
Descendente da geração Y, os anos 90 foram essenciais em meu amadurecimento, moldando meu caráter e personalidade. Vivíamos o auge da revolução tecnológica na comunicação o que acabou exaltando uma questão muito interessante sobre a essência humana: A empatia.
Aprender a ouvir é uma das características que mais se desenvolveu no decorrer de minha existência, o que me proporcionou uma fácil adaptação aos meios sociais. Esta habilidade favoreceu em como conectar-me com as pessoas ao meu redor. Me dei conta desta habilidade em um momento especial da minha jornada; quando vivi fora do país.
Passei todo o “ginásio” pensando "o que gostaria de ser quando crescer?" e quando finalizei os estudos, em invés de dar sequência no que era esperado de mim, o "normal" (fazer um cursinho e prestar um vestibular) o que fiz foi deixar o Brasil em um intercâmbio cultural com destino a Inglaterra.
Sem muito foco no que gostaria de me tornar profissionalmente, a experiência de viver em outro país foi lapidando minhas habilidades sociais onde deixei de lado a criança introvertida para focar em sobreviver num lugar completamente diferente.
Durante um ano, absorvi muito das experiências que vivi o que me enriqueceu como pessoa e abriu minha cabeça para o mundo coletivo que vivemos, até que abruptamente, precisei retornar a casa. Com a esperança de um dia retornar a Londres, passei um tempo em São Paulo até que por destino fui apresentado com oportunidade de ir a outro país, agora a Espanha, e foi lá que maturei ainda mais como ser humano, pois foram 8 anos de “escola da vida”.
Em meados de 2012 passei por apuros psicossociais, parecia que a vida perdera sentido e tinha até “aprontado comigo”. Eu era incapaz de ver que minhas escolhas me guiaram e que estava mal pois escolhera estar ali naquele momento. Então, quando a recomendação de um livro veio de certa conversa com um parente muito especial, minha autocritica despertou e tomei coragem de fazer algo que até então evitava, prestar um vestibular e fazer uma faculdade.
Concluindo a prova de acesso, me inscrevi para graduação em psicologia e após meses de dedicação aos estudos, enquanto trabalhava como garçom a meia jornada, outros aspectos da minha vida perderam o rumo e acabei retornando ao Brasil tendo abandonado o curso após falhar nas provas semestrais.
E após todo esse período, por mais “em casa” que estivesse, nunca me senti tão deslocado na vida...
Viver em outros países por tanto tempo te faz sentir como se deixasse algo de si por lá. E o agora “jovem maduro” reaprendeu que nunca deixamos de aprender, pois tudo muda o tempo todo, inclusive o que ficou para trás, e com a ideia de que “voltar à origem não é retroceder, talvez seja o caminho até o saber” me deparei com a psicanalise.
Uma mais que grata surpresa para mim, foi saber que um familiar meu havia iniciado um curso em psicanálise clínica e me levou à uma apresentação na então chamada WCCA, agora Illumen Psicanalise. O meu universo se expandiu novamente, agora voltado a um proposito mais pessoal e profissional. Tudo o que eu havia gostado no livro outrora presenteado, estava ali, bem na minha frente, um psicanalista explicando sobre psicanalise, fora este o incentivo mais que necessário para enfim estudar uma disciplina que admirava e respeitava, o que me trouxe muitas resoluções à curiosidade que tinha de mim mesmo.
Agora, não se engane, não sou de acreditar ou tomar para si verdades absolutas. Entendo que todo fruto produzido por nós é passível de, no mínimo, questionamento. Com isso, digo de passagem, que a psicanálise não é para todos; mas sim, me ajudou muito em meus momentos, e é com ela que irei te ajudar e estimular a se reencontrar com sua própria essência.
Deixe a tua curiosidade te guiar e perceba-se; seja o mais transparente possível consigo mesmo e respeite a si mesmo, seja honesto. Estas seriam algumas dicas para os que pretendem um dia fazer alguma terapia e comigo na psicanalise não seria diferente. A mudança só vem se percebermos que o que fazemos sempre já não funciona.
É preciso também humildade para aceitar como somos e querer mudanças. Se descobrir e mergulhar em si mesmo é trabalhoso, porém altamente recompensador.